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terça-feira, 8 de junho de 2010

Pena de Morte


A ninguém é dado o direito de tirar a vida de outra pessoa. Sem contar que um crime cometido não justifica o outro, ou seja: o criminoso enquanto cidadão e ignorante comete crimes, mas o Estado, enquanto sociedade mantenedora da vida dos cidadãos, não pode matar.
Sei que muitas pessoas, melindradas pelo desatino da dor e da perda de um ente querido por um assassino, acabam por refutar os sentimentos de paz e passam a invocar a tão falada pena de morte. No entanto, não tem justificativa o ato de matar. Ele é tão ruim que a única alternativa que mais razão parece assistir é a legítima defesa, e olhe lá.
O Estado não tem nada mais útil para fazer com um ser humano? Nada mais digno?
Não há de se comparar a ignorância e os limites de um ser humano com a aura e a suprema sabedoria que um Estado deve ter.
As lides de um Estado, laico e sem preconceitos de qualquer ordem, não podem atingir, jamais, os níveis do desespero de uma pessoa. O Estado tem que ser o ministro da paz espiritual e do que é justo. Esse mesmo Estado deve ensinar seus integrantes a serem cada vez mais humanos e amantes da vida, ao passo que deve refutar sempre todo o excesso e toda a crueldade.
Se de um lado tem um ignorante que mata, do outro tem que ter um gigante que protege e ensina as lições da vida.
Sei que todo mundo pensa que o Estado é insuficiente para dar segurança a vida, mas é mudando esses conceitos na cabeça de cada um que chegaremos lá.
Deve-se separar também, as qualificações de criminosos e doentes. Isso é uma coisa que os Estados não fazem. Tem doentes que não podem conviver em sociedade normalmente. Isso geralmente se aplica aos maníacos e alguns tipos de delinquentes de igual estatura, que pelo fato de serem doentes, mas perigosos, não podem andar às soltas, porém devem ser estudados, tratados e isolados em ambiente de convívio estrito.
O Estado tem que ser seletivo para qualificar o crime sem jamais generalizar a aplicação. De igual forma, não deve ser usurpador de valores, pois assim o é quando ao invés de Estado é uma grande fábrica de doentes e bandidos, por não ter consideração com os ricos ou não estimular os pobres a serem ricos.
O Estado cria o bandido, por isso mesmo não tem o direito de matar. Doente por distinção genética qualquer um pode ser, mas bandido propriamente dito, esse, sempre é o resultado de um Estado burro e insuficiente.
Ninguém é bandido e mata porque quer matar e acha bom matar. Só é bandido pela circunstância. Se de todo ele mata por matar e porque gosta, então não é bandido: é doente.
Assim, para a espiritualidade não combina usar a morte para corrigir o crime, pois a morte não existe, logo o problema não fica resolvido. Ao contrário, fica cruelmente postergado.
Como fica a cabeça de um bruto ignorante morto pelo Estado que não lhe compreendeu? Como reage ao chegar na espiritualidade?
É fácil dizer que um cidadão é bandido quando toda a sociedade só enxerga o problema do lado dos falsos bons, e é claro, de igual sorte do lado das pessoas verdadeiramente boas. Mas o problema do Estado são os falsos bons. São esses que criam a degradação. Já vi isso quando da história contada por um espírito superior, que dizia que um condenado a pena de morte, tão logo desencarnou, compreendendo o drama de seus sacrificadores, dez anos após os ajudava no plano espiritual a encontrar mais paz e sossego. O que quer dizer que aqueles que matam em nome do Estado têm um senso de culpa enorme, pois na verdade não é o Estado que mata, são sempre os homens que matam e usam o Estado como desculpa.
O Estado sempre é pacificador, quando não é, é por causa que os bandidos se infiltraram nele. Dê educação, religião e force o ânimo de uma pessoa e não teremos mais problemas de bandidagem.
Não cultue autoridades, só respeite-as; não valoriza o corpo, valorize o espírito, nesse aspecto; tenha DEUS no coração, e o resto... o resto todo é contigo..
Não existe coisa mais cruel e provalecida, no mundo, do que a pena de morte.
Marlon Santos

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Um comentário:

  1. Sabemos que a ação delituosa, nas suas mais variadas modalidades, assusta a sociedade, que, na maioria das vezes, sem enxergar uma saída positiva para a manutenção da paz social, envereda por caminhos violentos, optando, muitas vezes, para a punição capital, ou seja, a morte do autor do delito a vida, esse bem inefável, dom do Criador de todas as coisas, é alvo constante de violência. Ao lado dos conflitos de toda ordem – guerras entre nações, grupos étnicos ou religiosos – os atentados individuais contra a vida do semelhante são constantes. A pena de morte imposta pelas legislações de, praticamente, todas as nações organizadas, no passado e no presente é, sem dúvida, uma das concepções, instituídas em leis, mais tristes e inconseqüentes, oriundas da ignorância em que ainda se encontra o homem no princípio do 3º Milênio da Era Cristã. Tal procedimento vem ocorrendo há milênios. Os tipos de execução variam muito, dependendo do clamor popular por um castigo maior e do grau do delito cometido. Daí sabermos da execução pela guilhotina (França); pela forca; pela cruz, entre os judeus; execução pela arma de fogo; e, mais recentemente, pela câmara de gás, cadeira elétrica e injeção letal, nos EUA. Devemos ressaltar que, dos cento e trinta países do nosso planeta que ainda mantêm a pena de morte, alguns utilizam como uma forma profundamente pedagógica, objetivando a inibição da criminalidade, exemplo das duas Coréias, que executam os seus réus no centro de um estádio de esportes, obrigando a todos, principalmente os jovens, a assistirem. Deus o criador da vida humana somente nele esta a decisão de tirar a existência de um ser humano... Bjs

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