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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Um Discurso Sobre Ceticismo

Sei que o assunto é por demais comprido, mas devido a tantas perguntas sobre ceticismo, resolvi colar aqui no blog um breve estudo sobre o tema. É o que segue:


''Temos assistido nos últimos anos ao crescimento de proposições extremistas em quase todos os setores da atividade humana. Na Ufologia, marcadamente, pelo seu próprio caráter multifacetado, interdisciplinar e indefinido, isso vem se multiplicando cada vez mais. De um lado, os crentes que em tudo acreditam sem nada questionar, de outro, os céticos que em nada acreditam e tudo criticam e questionam.

O embate radicalizou-se sobremaneira em grande parte devido a estes últimos que, sem poupar ataques e empregando o máximo de suas energias, propõem a desconstrução e até a extinção do fazer e pensar ufológico. Como venho dedicando-me ao estudo da historicidade ufológica e sua dimensão no campo das ciências sociais, pretendo neste ensaio entabular uma análise crítica da postura cética.

Tal empreendimento justifica-se, primeiro, porque os ufólogos têm sido sistematicamente detratados sem que houvesse uma contrapartida que atingisse o fulcro das práticas discursivas dos céticos. Cabe dizer ainda que a presente desconstrução discursiva será operada por meio da crítica filosófica, assentada na perspectiva dialética. Sem querer ferir suscetibilidades, longe disso, devemos reconhecer, com justiça, que na fileira dos céticos há uma nova geração de intelectuais brilhantes, familiarizados com a rigorosidade e a vanguarda do pensamento científico e que faz uso pertinente de suas teorias e métodos para chegarem aos resultados objetivados.

Entendo que os pressupostos capitaneados pelos céticos são de grande serventia para o avanço da própria Ufologia, à medida que obrigam os ufólogos a sobrelevarem-se a um nível congruente, porém, discordo inteiramente dos limites absolutos e dos preconceitos que pretendem impor. Para eles, as coisas existem ou não existem, se bem que a melhor filosofia é não acreditar em nada.

Dogmas e preconceitos

A ciência é que se encarregaria de mostrar toda a verdade. Assim, a postura que adotam é deveras cômoda: crêem e aceitam como verdade apenas aquilo que foi efetivamente comprovado e homologado pela ciência oficial, desprezando tudo aquilo que vai contra o "credo" científico, pois, assim, podem falar em voz alta sem medo de serem vistos como "crédulos" e "ingênuos". Seguem ao pé da letra o que foi enunciado pelo filósofo e matemático inglês Bertrand Russell (1872-1970) em seu livro Sceptical Essays [1928]: "Não é aconselhável acreditar em uma proposição enquanto não há qualquer motivo para supô-la verdadeira".

Trata-se, sem dúvida, de um comportamento restrito que não pode ser generalizado a todo o conjunto dos céticos, subdivididos, como em qualquer outro setor, em correntes mais ou menos ortodoxas. Não obstante, é típico de uma significativa parcela da comunidade cética, sintomaticamente composta, em sua maioria, por indivíduos com formação educacional elevada, muitos deles seguindo carreiras acadêmicas de prestígio em renomadas instituições universitárias.

No fundo, acreditam desacreditando, ou seja, querendo que se comprove cientificamente, pois, assim, as questões da crença poderão deixar de ter necessidade de fé. Bastaria, assim, a comprovação científica. O ceticismo é definido como o sistema que, negando a legitimidade dos meios de adquirir a certeza, nega a existência da mesma e considera a dúvida como o resultado definitivo da ciência, e como o estado normal do espírito humano. Suas atitudes filosóficas se pautam pelo recurso exclusivo à noção de matéria para explicar a totalidade dos fenômenos do mundo físico e do social.

O ceticismo nasceu entre os gregos, no século VI a.C. – daí o termo skeptikós [Céticos] –, e foi retomando nos séculos XVI e XVII com o advento do racionalismo e iluminismo. Sustentando que nada é certo e que, por conseguinte, se deve duvidar de tudo, o cético nega assim as verdades da fé, o valor do testemunho e a metafísica, pregando que toda pesquisa das coisas é estéril e que a ciência deve limitar-se aos fatos e às leis. Para eles, tudo o que não for condizente com a ciência material não passa de uma construção social e ideológica.


A grande questão que nos interessa não é o quanto podem estar certos, ou não, neste ou naquele caso, ainda que seja preciso admitir que muitas vezes de fato estão, mas a relação que fazem com aquilo que conhecem de ciência, ou mesmo as informações "científicas" que lhes chegam. A declaração de princípios dos céticos remete inequivocamente a um racionalismo cientificista, a uma vertente central ortodoxa que preservou os elementos ideológicos do ideário positivista, herdados de suas fases anteriores e que foi dominante durante certo tempo nos meios acadêmicos, mas que hoje está completamente superada.

"Duvidar de tudo ou crer em tudo são duas soluções igualmente cômodas, que nos dispensam, ambas, de refletir" -- Henri Poincaré (1854-1912)

Sob o influxo do racionalismo, em geral, e do positivismo, em particular, o cientificismo foi tardiamente adotado pelos céticos como modelo epistemológico [Relativo à teoria do conhecimento] cientificamente legítimo e válido de explicação dos fenômenos ufológicos e paranormais, desempenhando um papel semelhante à ilustração na Europa nos séculos XVII e XVIII, ao oferecer um saber secular e temporal, afastado das concepções religiosas.

A adoção do cientificismo por eles está associada à expectativa – malograda ou frustrada – de que a ciência fundaria um tipo de autoridade mais racional e civilizada. Cientificismo é uma posição filosófica, e não científica, que considera válido somente o conhecimento científico. A ciência se converte no mito da modernidade, substituindo o impulso pessoal, a paixão e o ímpeto revolucionário. O avanço científico europeu do final do século XVIII, decorrente da Primeira Revolução Industrial, fez com que o homem acreditasse que detinha o domínio total da natureza.

Teorias cientificistas

Os últimos anos do século XIX e os primeiros do XX foram marcados pela difusão de diversas teorias cientificistas que, apregoando o predomínio da ciência e do método empírico sobre os devaneios metafísicos da religião, deixaram marcas profundas no estudo da natureza, com o evolucionismo de Charles Darwin (1809-1882), e da sociedade, com o positivismo de Auguste Comte (1798-1857) e o darwinismo social de Herbert Spencer (1820-1903). Além disso, aprimoraram teorias no direito e na psiquiatria, com a antropologia criminal de Cesare Lombroso (1835-1909) e Enrico Ferri (1856-1929), e mesmo na religião, com o espiritismo de Allan Kardec (1804-1869).

Tais correntes procuraram romper com as assunções abstratas e metafísicas. Compartilhavam a convicção de que a ciência e a técnica resolveriam os problemas básicos da humanidade e proporcionariam a felicidade geral. O positivismo foi uma grande moda intelectual de sua época, ao qual todas as teorias que se pretendessem científicas – leia-se "verdadeiras" ou "corretas" –, deveriam ajustar-se.

As raízes do positivismo são atribuídas ao empirismo absoluto do filósofo iluminista escocês David Hume (1711-1776), que concebia apenas a experiência como matéria do conhecimento. Em sentido estrito, o termo designa o conjunto das doutrinas do filósofo e matemático francês Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, ou simplesmente Auguste Comte, cujo princípio essencial é: só podemos conhecer os fenômenos positivos – reais – da experiência e as suas leis, isto é, eles seriam os únicos objetivos de investigação do conhecimento.


O erro infantil e a impropriedade de perceberem tal assimilação tardia atestam um caso sintomático de "idéia fora do lugar", ou de "porre ideológico". Mas é preciso fazer algumas distinções, se quisermos realmente compreender a atitude dos céticos, sem incorrer nos mesmos slogans cientificistas que a gente "esclarecida" tanto gosta de repetir.

Ao se assumirem e se comunicarem por meio de um discurso pautado nos paradigmas positivistas, os céticos acabaram por ressuscitar, involuntariamente ou não, a teoria fundamental da doutrina, a chamada Lei dos Três Estados, segundo a qual a evolução da humanidade está necessariamente pautada por três estados sucessivos: o teológico – subdividido em fetichismo, politeísmo e monoteísmo –, no qual os fenômenos da natureza e os problemas do homem são explicados por causas sobrenaturais.

Equívoco primário dos céticos

O metafísico ou abstrato, em que essas causas sobrenaturais são substituídas por entidades metafísicas e o positivismo ou científico, no qual o espírito humano renuncia a conhecer a essência dos seres, e se propõe unicamente a estabelecer relações invariáveis de sucessão e similitude entre os fenômenos. Com essa atitude, os céticos, ingenuamente, incorrem no equívoco primário de considerarem o pensamento mágico, ou tudo aquilo que não for racional e científico, como resquício de um passado a ser apagado e esquecido, ou uma maneira equivocada de pensar a realidade.

Quando as crenças mágicas ou religiosas insistem em se fazer presentes, costumam dizer que subsistem apenas porque a ciência ainda não se deu conta de explicá-las devidamente ou porque as pessoas que as cultivam são simplórias, atrasadas e supersticiosas. Entretanto, não é isso o que os antropólogos, sociólogos, historiadores e psicólogos têm verificado desde o início do século XX.

O fato é que, conforme qualquer pessoa pode constatar – e é estupefaciente que os céticos, geralmente tão bem informados, não tenham constatado isso –, que a ciência convive e mescla-se com as crenças religiosas e que formas diferenciadas de pensar convivem simultaneamente.

"Há duas classes de tolos: os que não duvidam de nada e os que duvidam de tudo" -- Sabedoria Popular

O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), em seu clássico livro Les Formes Élémentaires de la Vie Religieuse [As Formas Elementares de Vida Religiosa, Editora Paulus, 2001], publicado em 1912, assinalou que tanto a lógica do pensamento religioso quanto a do pensamento científico são constituídas dos mesmos elementos essenciais: "Sob esse aspecto, a mentalidade do cientista só difere em graus da precedente. Quando uma lei científica conta com a autoridade de experiências numerosas e variadas, é contrário a todo método renunciar facilmente a ela com a descoberta de um fato que parece contradizê-la. Antes é preciso estar seguro de que esse fato comporta apenas uma única interpretação e de que não é possível negar".

Para ele, o primitivo é então motivado a não duvidar do seu rito diante da prova de fato contrário, sobretudo, porque o seu valor está ou parece estabelecido por número mais considerável de fatos concordantes. Não é por acaso, portanto, que a ciência encontra-se repleta de elementos religiosos. É que, como demonstrou Durkheim, ela nasceu da religião, assim como quase todas as instituições sociais.




Pretensa superioridade da ciência

Atestou também que até as noções essenciais da lógica científica são de origem religiosa. "Certamente, a ciência, para utilizá-las, submete-se a nova elaboração, mas esses aperfeiçoamentos metodológicos não bastam para diferenciá-la da religião. Entretanto, ela tende a substituir a religião em tudo o que diz respeito às funções cognitivas e intelectuais".

Todavia, ao pretender isso, estabelece um conflito contraditório, pois não pode negar algo que existe e é uma realidade. A ciência não teria competência especial para atribuir a si o conhecimento do homem e o mundo, já que sequer conhece a si própria. "Ela própria é objeto de ciência e está longe de poder impor. Permanece sempre a distância da ação. É fragmentária, incompleta. Avança muito lentamente e jamais está concluída, mas a vida não pode esperar. Teorias que se destinam a fazer viver, a fazer agir, são obrigadas a passar à frente da ciência completando-a prematuramente".

Discípulo de Durkheim, o filósofo e sociólogo francês Lucien Lévy-Bruhl (1857-1939) dedicou grande parte de sua vida ao estudo das sociedades ditas primitivas. Em sua obra La Mentalité Primitive [1922], define a mentalidade primitiva como sendo pré-lógica, sem que se refira às inabilidades para o raciocínio, e sim às categorias em que o mesmo se processa.

O humano moderno não é o primitivo, mas tampouco possui os valores, conceitos, axiomas e sentimentos idealizados pelo cientificismo positivista dos céticos. E como os primitivos, tende a ser místico ao situar-se para além da verificação possível da experiência empírica e ser indiferente às contradições. Na mentalidade mística, tudo pode acontecer a partir de forças não visíveis. As ligações de causa e efeito são até percebidos, mas o significado principal é atribuído às causas naquele determinado momento em que são socialmente relevantes.

Tão certo quanto o raciocínio lógico e a própria capacidade de inferir logicamente as conseqüências de tais ou quais situações não serem exclusivas do pensamento científico, este não constitui garantia de cientificidade, muito menos de verdade. A ausência do real, diferença entre a ciência desenvolvida segundo os moldes adotados desde o século XVI e as pajelanças dos selvagens, foi cabal e magistralmente demonstrada pelo antropólogo Claude Lévi-Strauss (1908-2009), que eliminou a distinção feita entre mentalidade lógica e pré-lógica, para afirmar a superioridade de uma cultura sobre outra e revalorizou sobremaneira os mitos, a religião e as artes.

Nascido na Bélgica em 1908, membro da Academia Francesa e ex-professor de antropologia social no Collège de France e na então nascente Universidade de São Paulo (USP), Lévi-Strauss argüiu que o pensamento "selvagem" e o mitológico obedecem ao mesmo inconsciente coletivo que o científico, uma vez que se nutrem da mesma lógica. Entre 1935 e 1949, realizou várias expedições pelo Brasil e conviveu com diversas tribos indígenas, especialmente com os nambikwaras – próximo das nascentes do Rio Tapajós, no Brasil Central.

Isso fez com que ele soubesse observar e reconhecer, exemplarmente, que a cultura não era privilégio da Europa e naquilo que erroneamente se convencionou considerar como estágio infantil da humanidade, reside toda uma gama de conhecimentos complexos e profundos, derrubando o mito racista de que os primitivos seriam incapazes de estabelecer visões de mundo coerentes – sistemas lógicos –, e se comunicariam a partir de referenciais puramente afetivos.''


Marlon Santos


Parte dessa pesquisa se deu na Revista de Ufologia


domingo, 28 de agosto de 2011

Comunicação com Espíritos pelos Sonhos







Segundo o próprio Alan Kardec escreveu, os espíritos podem aparecer em nossos sonhos para nos dar avisos e instruções. Nessa matéria, contamos alguns casos que ilustram essa situação e nos dão idéia das opções que estão ao nosso alcance.


“Sonhos: segundo a doutrina espírita, durante o sono, quando o corpo está repousando, em completo relaxamento, a alma fica livre e mais suscetível de entrar em contato com os desencarnados. Por meio dos sonhos, os espíritos amigos aproveitam a oportunidade para entrar em comunicação: dão conselhos, avisos e chegam até a fazer tratamento de saúde. Nos sonhos, os espíritos geralmente se utilizam de uma simbologia na comunicação com os encarnados, com a precípua finalidade de não nos afligir com suas revelações. Precisamos aceitar suas mensagens com respeito e credibilidade, pois eles não vêm nos prevenir sem uma razão muito forte” (Texto extraído do livro Histórias de Alma, de Lygia Taranto Prestes de Mello, página 24).


Essas mensagens ou sugestões poderiam ser “sopradas” aos encarnados, que as receberiam sob forma de inspiração ou idéia; mas nem sempre eles captam tais intenções, a não ser que sejam médiuns bem desenvolvidos. Daí a necessidade de utilizar-se o momento em que o corpo está descansando e o espírito está em desdobramento para essa finalidade, pois assim o intento será mais eficiente. O risco que se corre é do encarnado não se lembrar do sonho. Dessa forma, muitas vezes, os espíritos evoluídos energizam certas glândulas para que o esquecimento não ocorra.


A literatura espírita é farta na exemplificação desse tipo de contato por meios dos sonhos. Vamos apresentar dois deles, a título de ilustração. O primeiro foi extraído do livro Histórias de Alma, de Lygia Taranto Prestes de Mello.


A narradora se refere ao falecimento, em 1971, de uma mulher chamada Maria Cantora, o que causou grande sentimento na família. Em 1973, Helena, irmã da autora da história, teve um sonho que impressionou a todos. Nele, ela se levantava de sua cama e, sobre uma mesa da sala, encontrava um envelope endereçado ao dr. Antônio Alves Taranto, com uma carta que dizia: "Meu caro amigo dr. Taranto, em breve virei buscá-lo. Assinado: Maria Cantora.


Impressionada com o sonho e imaginando que ele se referia ao seu pai, Helena falou com sua irmã, que a tranqüilizou. Disse que deveria ser um aviso, mas que não devia se preocupar, porque o pai estava bem de saúde, e o "em breve", utilizado por Maria Cantora, podia significar, no plano espiritual, um tempo mais extenso do que na Terra.


Seja como for, o fato é que o pai delas teve de se submeter repentinamente a uma operação. Ficou quinze dias hospitalizado e recebeu alta do médico, pois já estava quase bom. No entanto, um dia antes de ter alta, ele começou a passar mal e faleceu.
Na Vida Maior


Outro exemplo pode ser encontrado num trecho do livro E a Vida Continua, do autor espiritual André Luiz, psicografada pelo saudoso médium Chico Xavier.


O texto refere-se a Mariana que, em desdobramento espiritual durante o sono, entrou numa sala onde a esperavam alguns amigos, um deles Ribas, seu orientador espiritual. Ele apresentou-lhe Evelina e Ernesto, dizendo a Mariana para guardar na lembrança a imagem de Evelina, que deveria ajudá-la na próxima gravidez.


Voltando-se para Ribas, Mariana lhe disse que cumpriria a vontade de Deus, recebendo mais um filho, e aguardava sua proteção. Continuou: "Joaquim, meu esposo, está mais fraco, doente. Lavo e passo, trabalho quanto posso, mas ganho pouco. Quatro filhos pequenos. Ignoro se já sabeis, mas nosso barraco não está resistindo às chuvas. Quando o vento atravessa as paredes rachadas, Joaquim piora, tosse muito. Não estou a queixar-me, meu pai, mas peço o vosso auxílio."


Sensibilizado, o mentor lhe disse para não temer, pois Deus não nos abandona. "Seus filhos serão sustentados e, muito em breve, você e Joaquim estarão numa casa grande", assegurou ele. Mariana afirmou confiar em Deus e em seu mentor, não sabendo, no entanto, que o instrutor se reportava ao próximo desencarne do casal quando, por merecimento genuíno, teriam novo domicílio na Vida Maior.


Ao retornar ao corpo físico, acordou e falou com o marido sobre as pessoas que tinha encontrado novamente em seu desdobramento. Contou-lhe que iriam ter mais um filho e que os dois iriam ter uma casa grande. Joaquim riu e disse: "Ah! minha mulher! Casa grande? Só se for no outro mundo!" E os visitantes desencarnados sorriram.


Um fato ocorrido comigo também serve para ilustrar o porquê dos sonhos. Na véspera de minha ida à cidade de Ipaussu, no interior de São Paulo, para ministrar uma palestra-aula, sonhara com uma prima já desencarnada e de quem eu gostava muito. Dizia ela, sentada no banco do carro, que iria nos acompanhar, já que tinha alguns assuntos a tratar na região (ela morou muito tempo em Avaré, cidade próxima a Ipaussu).


Na viagem de volta estavam no carro os meus dois filhos – na ocasião, adolescentes, e que me auxiliaram – e mais um carona. Transitávamos à noite pela rodovia Castelo Branco, a mais ou menos 100 km por hora, quando um dos pneus traseiros estourou. O carro rodopiou, mas consegui controlá-lo sem maiores conseqüências. Paramos na primeira borracharia, trocamos o pneu e só aí é que percebi o perigo que corremos. Graças a Deus, não aconteceu nada de grave, e instantaneamente, lembrei-me do sonho que tivera. Será que a minha prima viera para nos proteger?


Acredito que a maioria das pessoas deve ter passado por uma experiência dessa natureza: é só aguçar um pouco a curiosidade.


Marlon Santos
Fotos da Web. Parte dessa pesquisa foi feita por Yoku Kanayama


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Captação de Presença de Espíritos Por Meio de Sensores






Um texto relativamente longo para o Blog, mas explicativo para os estudantes e leitores. Resultado de pesquisas séria que fiz ao longo dos dias e que, entendo, produziu um resultado bom para o entendimento do assunto: Magnetismo e o uso de sensores




''Todos nós conhecemos esse fenômeno da força magnética, pois desde a infância na escola ou em casa aprendemos a movimentar objetos metálicos através dessas simples brincadeiras.




Imã - possui a propriedade de magnetizar, imantar um metal, alinhando-o de acordo com os pólos norte e sul da terra, em razão das grandes quantidades geomagnéticas existentes em seu interior, pelo elemento de número 26, (Fe) ferro, mas com elevada proporção de carbono C.




Quando descobriram as polaridades dos imãs foi grande o avanço da navegação na época da Popa dos barcos à vela, através da bússola servindo-lhes, sobretudo de guia nos grandes mares.




Recentemente cientistas descobriram que certas espécies de animais tais como: pombos, tartarugas, lagostas, e até mesmo as baleias, todos, conseguem se locomover e se orientar, nos espaços aquáticos e aéreos do planeta, devido ao biomagnetismo.




Durante a Segunda Guerra Mundial, os pombos-correios eram utilizados para conduzir mensagens. Os cientistas acreditavam que o homem e os animais possuíam minérios como de magnetita em seus cérebros, e que isso poderia lhes orientar na trajetória magnética planetária.




Acreditava-se que o homem teria pertencido ao reino aquático e que também possuía magnetita(composto inorgânico) nas células dos ossos, dentes e neurônios, cristais e minerais que pelo desuso, esse sexto sentido desapareceu ou atrofiou-se.Mas atualmente a ciência comprovou que o biomagnetismo é provocado pela atividade elétrica intra-celular, logicamente nela está presente a (ATP) Adenosina tri- fosfato. Vale lembrar que o ser humano possui aproximadamente 100 (cem) bilhões de neurônios, e 3 (três) trilhões de células, pesquisas atuais com a glândula pineal tem encontrado grandes quantidades de Cálcio e Silício, sendo este último um semicondutor elétrico, espécie de transistor(microchip) que pode facilitar o fenômeno da mediunidade.




O sangue humano é vermelho, em razão da grande quantidade de ferro, ao passo que o sangue dos crustáceos é azul em razão, da grande quantidade de cobre.




O ferro que hoje possuímos em nossos corpos, em épocas anteriores já pertenceram às estrelas do Universo.




Poderia o amor a paixão, o ódio, a atração sexual, entre dois seres estarem ligados ao magnetismo?




Poderia então os passes magnéticos, as curas e até mesmo a mediunidade estarem ligados também a esse fenômeno de atração e repulsão?




Poderia existir um aparelho como a bússola para medir essas vibrações?




Será que essas ondas eletromagnéticas da física seriam as mesmas que ocorrem com os sentimentos das pessoas, e sobretudo com as curas espirituais?




A ressonância magnética revolucionou atualmente a Medicina em seus diagnósticos, pode-se até filmar o pensamento humano. O IRM humano é um sofisticado aparelho que amplia mais de 5 (cinco) vezes a força gravitacional da terra, a qual é da ordem de 9,8 m/seg., pode-se ver no cérebro determinadas cores de acordo com as doenças mentais a saber: epilepsia, convulsões súbitas, distúrbios da consciência, esquizofrenia catatônica, psicose, paranóia, enfim doenças nervosas do cérebro.




A física, a mecânica quântica, a engenharia elétrica, a informática do século XXI, então nem se fala. Quando assistimos ao filme, e despertamos as lágrimas da emoção, por trás daquela fita existe a magnetita, quando ouvimos uma música que sensibiliza nossos mais sublimes sentimentos pela combinação dos infinitos acordes musicais, nela também está presente essa propriedade chamada magnetita.




Bill Gates, milionário aproximou os continentes e o mundo através da internet (computador). Um trem magnético levita sobre os trilhos e pode alcançar até 500 Km/hr. Já se pensa em criar aeronaves que levitam sobre a ação da gravidade.




Se não existissem as forças gravitacionais e magnéticas em nosso planeta, nós não teríamos existido ( haveria ausência dos ossos).




Os corpos hoje mantidos ao 0º C(zero absoluto) = -273ºC abaixo de 0º zero grau, podem possuir maior condutividade através do elétron, maior será o seu campo magnético conduzindo-se corpos não metálicos levados à levitação desafiando-se assim a força gravitacional.




O peixe elétrico produz eletricidade, armazenando-a em forma de uma bateria para usá-la como autodefesa.Explosões nucleares no Sol produzem grandes quantidades de nuvens eletromagnéticas que podem prejudicar o magnetismo terrestre interferindo na comunicação elétrica do planeta as quais produzem a aurora boreal.




Mas quando eles O viram andar sobre o mar, acreditaram que era um fantasma e deram grandes gritos.




Porque todos O viram e perturbaram-se; logo falou com eles e disse; tende; tende bom ânimo, sou eu, não temais.”




Jesus ando sob as águas (Marcos cap. 6 vers. 49 e 50)







Da pesquisa




Considerações hipotéticas apenas baseadas em observações:




Explicar esses fenômenos de curas cirúrgicas, mediunidade, passes, etc., não é nada fácil, pois estão acima de nossa compreensão humana e acima da ciência oficial. Mas baseado nas obras de André Luiz, psicografada pelo saudoso médium Francisco Cândido Xavier em “Mecanismo da Mediunidade” e também do saudoso cientista Dr. Ernani Guimarães Andrade, em “Espirito Perispírito e Alma; Psi Quântico, Morte Renascimento Evolução e outros, posso com o devido respeito apresentar as minhas humildes observações.




Nas páginas de números: 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70 da referida obra de Hernani Guimarães Andrade, ele fala da natureza magnética e o campo biomagnético (CBM) existente no Espírito . Apresenta uma comparação com as linhas de força do campo magnético rodeando uma barra imantada e na outra figura fala do ovo auriço formado pelas linhas de força do campo biomagnético, resultando: o duplo etérico, aura interna e aura externa .




Assunto sem dúvida de difícil análise, mas André Luis deixa claro que embora haja uma similitude de nossa matéria com a “matéria” espiritual, essas são formadas matéria psi elementos atômicos mais complicados e sutis, chamados “psiatômos “, que como os elétrons também produzem um campo biomagnético num perispírito. Obra: (Xavier F.C e Vieira W - Evolução em dois mundos, espírito André Luiz) outras obras como: Mecanismo da Mediunidade, o maior repórter do plano espiritual fala da existência de um aparelho chamado Psicoscópio, capaz de medir ondas e vibrações dos corpos perispirituais, bem como de regiões ambientais daquele plano.




Seria o que nós chamamos aqui de Magnetômetro ou Gaussímetro aparelho moderníssimo inventado pelos Russos que consegue captar as variações de vibrações mentais e ambientais. Uma espécie de bússola que identifica matéria Quintessenciada, a qual escapa de nossos sentidos.




Certa feita pensei em colocar uma sensível bússola dentro da Câmara de Passes no interior da Casa espírita, mas depois conclui que o magnetismo existente na vida espiritual e no perispírito não é o mesmo relatado pela nossa física. Lá os “átomos” são formados pelos “psiátomos”, portanto outra espécie de elétrons e campo magnético por eles formados.




Entretanto, estamos pesquisando fenômenos com sensíveis variáveis de um campo magnético.




OBS: Magnetita: mineral monométrico, óxido de ferro fortemente magnético, minério de ferro.




Por isso quando entramos em um túnel as ondas de rádio desaparecem.




Magnetismo: designação comum as propriedades características dos campos e das substâncias magnéticas. Influência de um indivíduo na vontade de outro (obsessão). Propriedade de atrair, de encantar, atratividade, fascinação, encantamento.( Paixão, amizade, amor...)




Elétron: criado pelo cientista inglês G. Johnstone Stoney em 1881, partícula fundamental na constituição dos átomos e moléculas portadoras da menor quantidade de carga elétrica livre que se conhece com massa igual 1/1837 vezes a massa do próton, spin ½ carga igual a 1,60x10 -1º C.




Mas, Jesus conhecia todas as propriedades e particularidades da matéria, pois era um cientista de todas as ciências, porem não podia falar sobre isso aos homens brutos da época, então por meio de parábolas falava da ciência divina.




Se vos falei de coisa terrestres, e não crestes,




como crereis se vos falar das celestiais”...?




João capitulo 3, versículo 12








Pesquisa com Campo Eletromagnético.




Objetivo:




A)Identificação de pessoas através da força eletromagnética do coração;




B)Identificação de rios subterrâneos no solo brasileiro;




C)Identificação de atividades paranormais caudadas por aparições de espíritos.




Pesquisadores: Cientistas com formação em geofísica, física, eletrônica, geologia e demais áreas das ciências.




Aparelhos: Sensores, Osciloscópios, Medidores, Identificadores de Variações Geomagnéticas ( Gaussímetros).




Albert Einstein em 1905 descobriu a teoria da relatividade especial principalmente devido a descoberta do eletromagnetismo.




Porém todos imãs formam um campo de indução que é medido em Gaus, os quais podem influenciar o ambiente onde vivemos, como por exemplo: movimento de uma chama de uma vela, atração de bolhas de sabão e até impedir a proliferação do desenvolvimento de colônias de bactéria e ratos.




Dr. Hernani Guimarães Andrade, cientista já desencarnado teria desenvolvido pesquisa neste sentido, porém mais voltada ao MOB ( Modelo Organizador Biológico) onde teria acompanhado a evolução de uma colônia de bactérias salmonelas colocadas no interior de um campo eletromagnético gerado por várias bobinas elétricas, o qual o chamou de “Tensionador Magnético”




Acredita-se que a Pepsina e Tripsina, enzimas formadas no estômago e intestino delgado, deixem de atuar na quebra e desdobramento das proteínas do bolo alimentar devido ao forte campo magnético que foram submetidas.




Redes elétricas, aparelhos eletrônicos (computadores, televisores, rádios, chuveiros, telefones etc ) tudo o que possa conduzir eletricidade criam em um ambiente um campo magnético.




Acredita-se que além da eletricidade, todos corpos que estejam em pleno movimento como rios terrestres ou subterrâneos, e até mesmo o movimento contínuo dos batimentos cardíacos podem criar campos eletromagnéticos como ondas de freqüência de rádio em torno de 5 mil milivolts ( Paul Persal). Contudo para a produção da eletricidade motora dos músculos dos batimentos cardíacos inevitavelmente torna-se necessário a presença dos seguintes elementos químicos: (Mg) magnésio,(K) potássio ,(PO) fosfato e (Ca) Cálcio. Sendo que o magnésio é quem regula e controla os batimentos cardíacos que em média é 80 vezes por minuto.




A) Identificação de pessoas através do batimento cardíaco.




Embora o coração produza um campo fraco, a idéia futura é criar um aparelho receptor altamente sensível que consiga captar esse campo a uma certa distância, assim como os tubarões nos oceanos, especialmente da espécie “martelo”, que conseguem captar essa freqüência de ondas eletromagnéticas a uma distância de até 10 quilômetros, e de animais como peixes de apenas 5 centímetros de comprimento.




Se possuíssemos a capacidade desses animais marinhos poderíamos identificar e localizar criminosos foragidos da justiça em quaisquer locais que se encontrassem como matas, cavernas, casas, prédios etc.




A outra vantagem seria encontrar vítimas de afogamentos em lagos e oceanos ( náufragos) uma vez que a onda sonora e magnética se propaga 5 vezes mais rápida na água que no meio ambiente o ar. A água é 800 vezes mais densa que o ar.








B) Correntes de águas subterrâneas do solo brasileiro.




A atual situação de secas que se encontram nossos irmãos nordestinos do Brasil, incentiva a pesquisar outras formas de se encontrar água naquela região, seja no meio ambiente ou no subsolo.




Se os movimentos dos rios de água criam um determinado campo geomagnético na terra, poderíamos utilizar os Gaussímetros, não de forma alternadas para localiza-los. Utilizando-se ainda da energia solar, essa água submersa no solo poderia ser drenada em forma de poços artesianos para abastecer o nosso povo que têm tanta escassez da água.








C) Atividades “paranormais” produzidas por espíritos.




Segundo os pesquisadores parapsicólogos, certas atividades consideradas paranormais de aparições de espíritos em casas mal assombradas, centros espíritas e outros locais, são flutuações no campo geomagnético local ou do ambiente causados por rios subterrâneos ou instalações elétricas velhas embutidas nas paredes das construções onde o fenômeno se apresenta.




Mas acreditamos que o que sucede é o oposto, que realmente a presença espiritual, pode abalar o campo inclusive geomagnético daquele local, e talvez a explicação seja devido a entrada de um plano ou dimensão para outra, onde o espírito ao penetrar no hiperespaço onde reinam temperaturas baixíssimas (-283º C) possa alterar esse campo, inclusive o geomagnético.




Sabemos que um dos princípios da levitação é a temperatura abaixo dos (-l93 C) hidrogênio líquido. .




Utilizando-se de Identificadores altamente sensíveis em torno de 200 a 20.000 mG talvez seriam possíveis captar essas informações como uma espécie de informação do espírito a ser deixada no local de sua presença. Porém torna-se necessário que não haja quaisquer movimento de cargas elétricas, resultado de corrente elétrica no ambiente a ser pesquisado.




Vários casos quanto a presença espiritual poderá ser estudada: sessão mediúnica de incorporação, psicografia, psicofonia, fluidificação de água, passes magnéticos etc. Quaisquer oscilações nos mostradores digitais dos sensores, leva-se a crer que existirá a presença de energia. Mas a pergunta é que forma de energia?




OBS: As pesquisas acima citadas terão início a partir de novembro de 2007 com a chegada dos sensores magnéticos e do cientista em pesquisas de magnetismo.''


PESQUISAS NA web(domínio público)

Marlon Santos


terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Comunicação com Espíritos por meio Eletrônico









Meu objetivo com este texto, resultado de pesquisa séria e específica, de autores e médiuns consagrados na área, visa colocar o leitor a par de formas mais simples de comunicação com espíritos. No entanto, é imprescidível o cuidado dessa modalidade de comunicação, pois as mistificações são sempre um grande atentado nela. É uma forma muito simples de contato com a espiritualidade, mas é indispensável o cuidado moral e ético do condutor do processo, assim como em toda a atividade medianeira.


''Este método consiste na tentativa de gravar um diálogo entre si e um ou mais espíritos utilizando a técnica EVP (fenómeno eléctrico da voz).

'Compre um gravador, não tem de ser um gravador de cassetes, estamos no século 21, pode ser um gravador digital. Se optar por um gravador mecânico (como os gravadores de cassetes) vai necessitar também de um microfone externo de modo a que não grave quaisquer ruídos originados pelas partes mecânicas do gravador.

'Coloque o gravador num local plano da divisão passível de estar assombrada (não, não vai conseguir captar qualquer EVP se o local não estiver assombrado). Mas não desespere, se costuma sentir-se observado mesmo estando só ou se ouve ruídos inexplicáveis em determinado local, é bem possível que exista uma presença.

'Se estiver a utilizar um microfone externo, certifique-se que o coloca distante do gravador. Convêm ter bastante memória de gravação disponível no aparelho e se utilizar pilhas ou baterias, traga algumas extra para garantir que não fica a meio de algo importante.

'Certifique-se que não existem ruídos de fundo. Por exemplo pessoas a falar noutra divisão da casa ou veículos a passar na rua, etc.
Se não for possível abafar esses ruídos, memorize-os de modo a que depois os possa identificar quando ouvir a gravação sem os confundir com algum ruído ou voz originado pela entidade comunicativa. Se necessário aponte num bloco a hora a que se deu algum ruído mais forte, por exemplo: às 13.50 – passou uma mota ruidosa.

'Sente-se confortavelmente, não vai querer andar de um lado para o outro causando ruídos e dificultando posteriormente a identificação de algo autêntico.

'Poderá no entanto ser necessária a utilização de "Ruído Branco", pois é sabido que as entidades comunicativas muitas das vezes utilizam a energia desse ruído para projectar a sua voz. Pode usar por exemplo uma ventoinha ou um rádio não sintonizado para produzir esse ruído. O importante é produzir um ruído constante.

'De qualquer modo, se tiver oportunidade, tente das duas formas, uma primeira sessão sem "Ruído Branco" e outra sem "Ruído Branco". Mas não faça duas sessões no mesmo dia, isso pode aborrecer a entidade e esta deixar de ser comunicativa consigo.

'Comece a gravar. Em voz alta e bom som, diga a hora, data e local onde se encontra. Isto vai ajuda-lo mais tarde para poder organizer melhor os seus EVP’s.

'De uma forma simpática, convide algum espírito ou espíritos presentes a conversar consigo. Faça-o em voz alta e em bom som! Não fale em voz baixa e muito menos sussurre.
Seja paciente e persistente. Diga que gostaria de lhes colocar algumas questões se eles não se importam.


'Seja simpático e actue com respeito! Lembre-se que os fantasmas têm sentimentos e não são “coisas” mas sim ex-pessoas.

'Não tenha pressa. Como a voz dos espíritos não são audíveis enquanto grava, terá de actuar por cálculos.

'Depois de convidar uma entidade ou entidades a conversarem consigo, digamos 10 minutos deverão ser suficientes para que a entidade esteja preparada a estabelecer contacto, poderá começar a colocar-lhe questões.

'Fale alto e bom som, pausadamente. Coloque a questão e mentalmente elabore a resposta à questão. Isto deverá dar tempo à entidade para responder.
Pense na resposta calmamente e dê mais algum tempo de folga.

'Obviamente não diga a resposta à sua questão! Este método serve apenas para poder dar tempo à entidade de responder. Não vai querer colocar uma nova questão enquanto o espírito responde à pergunta anterior.
Os espíritos nem sempre respondem tão rápido como as pessoas, tenha isso em atenção.

'Lembre-se que neste momento a voz da entidade não será ouvida por si, a menos claro, que possua essa faculdade, como um médium possui.
Seja táctico, não coloque questões que podem enfurecer o espírito! Por exemplo, não pergunte algo como "foi o senhor que matou os seus amigos com uma faca?". Perguntas desse género são geralmente uma má ideia.

'Em vez disso, coloque questões como a idade da entidade, o nome, os nomes da sua família, porque estão ali, etc.
Não pergunte algo como "Em que ano morreu?". Não! Em vez disso pergunte "Em que ano estamos?". Geralmente a resposta coincide com o ano em que a entidade faleceu.
Isto porque geralmente os fantasmas não sabem que estão mortos e esse género de questões poderá confundi-los ou enerva-los.

'Poderá também perguntar-lhes se há alguma coisa que possa fazer por eles. É bastante comum eles procurarem ajuda das pessoas para transmitir mensagens a alguém.

'Quando terminar a entrevista, agradeça-lhes a sua cooperação. Seja cordial. Incentive-os também a não o seguirem quando sair do local.

'Mais tarde, quando ouvir a gravação pela primeira vez, ouça-a com uns auscultadores mas com o som baixo, pois geralmente a voz do fantasma é muito alta, dando a ideia que eles falam directamente para o microfone causando um som muito alto no resultado final.

'Lembre-se que a voz de um espírito pode também não ser tão perceptível quanto se espera, por isso analise bem a gravação e não a descarte imediatamente só porque não consegue ouvir nada na primeira reprodução.''
Marlon Santos


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

As Comunicações Psicográficas





O que é psicografia?


"Psicografia é a faculdade de os médiuns, sob a atuação de espíritos comunicantes, escreverem com a própria mão ou, conforme o desenvolvimento mediúnico, com ambas as mãos ao mesmo tempo. Segundo Kardec, a psicografia pode ser mecânica, intuitiva, semi-mecânica ou inspirada.
Qualquer espírito pode se comunicar por meio da Psicografia. Entretanto, para que ocorra uma comunicação mediúnica, seja do tipo que for; será sempre necessário que o espírito que se comunica seja merecedor; assim como deve ser merecedor o médium. Outro fator importante para que ocorra a comunicação mediúnica é a afinidade entre o espírito comunicante e o aparelho mediúnico.
Um espírito pode sim comunicar-se por meio da psicografia, há casos de espíritos que comunicam-se após curtíssimo espaço de tempo, enquanto outros passam muitos anos, décadas, sem condições de se comunicarem. Lembramos que sempre o que vale mais é o merecimento, que é fruto das virtudes que se tenha conseguido conquistar durante nossa existência.
Entretanto, devemos destacar que, no caso do parente ou ente querido ainda não estar pronto, merecedor, assim como nós também devemos merecer, é claro; as notícias poderão não cegarem. Então, apesar das possibilidades de comunicação com nossos queridos, devemos guardar serenidade em nossas lembranças e votos e vibrações de paz e harmonia para com eles, de forma que, em caso de ausência das notícias; não passemos a perturbá-los com nossas angústias e com nossas saudades desequilibradas.
Classificação da psicografia
Conforme a mecânica do processo mediúnico, os médiuns psicógrafos podem ser classificados em três tipos: intuitivo, semi-mecânico e mecânico.
Intuitivo
Representando 70% dos médiuns psicógrafos, o médium intuitivo não abandona o corpo físico no momento em que escreve as mensagens dos espíritos. Neste caso, o espírito não atua sobre a mão para movê-la, atua sobre a alma do médium, identificando-se com ela e lhe transmitindo suas idéias e vontades. O médium as capta e, voluntariamente, escreve.
Portanto, tem conhecimento antecipado, mas o que escreve não é seu. Age como um intérprete que, para transmitir o pensamento, precisa compreendê-lo, apropriar-se dele e traduzi-lo. O pensamento não é seu, apenas lhe atravessa o cérebro. No início, o médium confunde com seu próprio pensamento e as mensagens, às vezes, extrapolam o conhecimento do médium.
Semi-mecânico
Os médiuns semi-mecânicos, que representam 28% dos médiuns psicógrafos, também não abandonam o corpo físico ao escreverem as mensagens. O espírito atua sobre a mão do médium, que não perde o controle desta, mas recebe uma espécie de impulsão.
O médium participa tanto da mediunidade mecânica como da intuitiva, pois escreve recebendo parte do pensamento dos espíritos pela comunicação e contato perispiritual, ao mesmo tempo em que outra parte é articulada pelos comunicantes, independentemente de sua vontade.
Os semi-mecânicos têm consciência do que escrevem à medida que as palavras vão sendo escritas. O médium tem um conhecimento parcial daquilo que lhe atravessa o cérebro perispiritual, mas passa a ignorar os trechos que lhe são escritos mecanicamente, sem fluir pelo cérebro físico.
Mecânico
Caso raro entre os médiuns psicógrafos (2%), os médiuns mecânicos, a exemplo dos outros dois tipos, não abandonam o corpo físico no momento de escrever as mensagens. O espírito desencarnado atua sobre gânglios nervosos à altura do omoplata e, dessa forma, age diretamente sobre a mão do médium, impulsionando-a. Esse impulso independe da vontade do médium, ou seja, enquanto o espírito tem alguma coisa a escrever, movimenta a mão do médium sem interrupção.
Certos médiuns mecânicos chegam a trabalhar com ambas as mãos ao mesmo tempo e sob a ação simultânea de duas entidades. E em condições excepcionais, o médium ainda pode palestrar com os presentes sobre assunto completamente diferente do que psicografa. Nesse caso, o espírito comunicante consegue escrever na forma que era peculiar na vida física.
O médium mecânico não sabe o que sua mão escreve. Somente depois, ao ler, é que ele vai tomar conhecimento da mensagem. A escrita mecânica costuma ser célere, muito rápida.


O que é psicografia espontânea?


É quando não citamos um determinado nome, mas quando pedimos a presença e a assistência de nossos mentores e guias espirituais. A Codificação nos ensina que toda a prece é uma invocação, e invocar é chamar através da oração, pedir um socorro, um auxílio ou uma proteção; ou seja, é evocar através do pensamento, e o médium escreve a mensagem dita pelo espírito comunicante.
Nos casos da espontaneidade é essencial para a credibilidade das mensagens recebidas, onde as informações podem ser checadas de uma forma mais isenta.
Qualquer comunicado com o invisível deve ser espontâneo.
Algumas pessoas acham que não devemos evocar nenhum espírito, sendo preferível esperar o que quiser comunicar-se, pois que vem espontaneamente, por sua própria iniciativa, prova melhor a sua identidade, pois revela assim o desejo de conversar conosco.


O que é psicografia por evocação?

É aquela em que citamos o nome de determinado espírito, evocando-o de uma forma pessoal. Temos que tomar muito cuidado com este tipo, pois se mal usado ou orientado pode transformar a nossa reunião mediúnica em sala de consultas, objetivando mais o interesse pessoal do que a caridade evangélica. E que em seguida o médium escreve a mensagem dita pelo espírito.


Podemos evocar todos os espíritos, seja qual for o grau da escala a que pertençam: os bons e os maus, os que deixaram recentemente a vida e os que viveram nas épocas mais distantes, os homens ilustres e os mais obscuros, os nossos parentes, os nossos amigos e os que foram indiferentes. Mas isto não quer dizer que eles sempre queiram ou possam atender ao nosso apelo. Independente da sua própria vontade ou de não terem a permissão de um poder superior, eles podem estar impedidos por motivos que nem sempre podemos conhecer.
"Podemos evocar todos os Espíritos, seja qual for o grau da escala a que pertençam: os bons e os maus...". Podemos evocar todos os espíritos, mas isto não quer dizer que todos vão atender os nossos chamados. Eles virão conforme a nossa evolução, a necessidade e a seriedade do trabalho proposto.
Podemos classificar e evocação dos espíritos de duas maneiras, levando em consideração a forma de como é feita:


Em resumo o que acabamos de expor resulta: que a faculdade de evocar todo e qualquer espírito não implica para o espírito a obrigação de estar às nossas ordens; que ele pode atender-nos numa ocasião e noutra não, com um médium ou um outro evocador que o agrade e não com outro; quer dizer o que quiser, sem poder ser constrangido a dizer o que não quer; retirar-se quando lhe convém; enfim, que em virtude de sua própria vontade ou não, após haver sido assíduo durante algum tempo, pode subitamente deixar de manifestar-se."


De tudo o que tem de estudos sérios sobre esse tipo magnífico de mediunidade, eis o que tinha de mais elucidativo em meus apontamentos e pesquisas.


Marlon Santos


sábado, 13 de agosto de 2011

Como Fazer Para Chegar a Roma






"Se você quer chegar a Roma, vire-se para o lado de Roma e dê ao menos um passo por dia que acabará chegando lá". Não sei quem é o autor dessa frase, mas sei dela desde que tinha quatorze anos de idade. Ela me chamou atenção daquele tempo até hoje.
O que se vê por aí a fora, são sonhos e mais sonhos, desejos e mais desejos, planos e mais planos, mas tudo muito vago e quase sem finalidade, pois é normal que ao quererem as coisas as pessoas não ajam para conseguirem as tais coisas. Quer dizer, a intenção, a mente, o pensar, querem tal coisa, mas as mãos e os pés não fazem com que tal coisa possa acontecer. É quando se quer uma coisa, mas não se faz nada para que tal coisa aconteça. É o diferencial daqueles que conseguem o que querem: Suas mãos sempre vão ao encontro daquilo que suas mentes querem e almejam.


Ora, se você quer chegar em algum lugar deve ter em mente que o caminho deve ser percorrido e não só vislumbrado. Por isso, alegoricamente, ir a Roma é diferente de querer ir a Roma. Querer ir é fácil, ir nem sempre, mas ninguém consegue ir sem se mover ou sem fazer o primeiro passo em direção de tal lugar. Essa, também, é a diferença entre aqueles que só vivem sonhando e aqueles que conseguem realizar seus sonhos. É bom lembrar que aqui falo para aqueles que realizam seus sonhos de forma lícita, até porque, a realização de um sonho de forma ilícita não é a realização de um sonho, e sim a burla.


Querer é poder, desde que o poder seja a atitude materializada, se não você só vai ficar querendo. Se você deseja ter uma casa e não começar a comprar os tijolos, provavelmente ela nunca venha a ser erguida.


Outra coisa interessante é ter ideal sólido e firme, pois o foco gera oportunidades. Quando você põem na cabeça que quer algo, a partir daquele momento você começa a ver oportunidade em todos os instantes, lugares e pessoas. Não é que isso atraia as coisas para o objetivo que pretendes, mas simplesmente porque ao ter determinação para um projeto os esforços, a visão e as ações passam a integrar a ideia e, assim, tudo o que se vê pela frente passa a ser uma chance de mais um passo, ou mais uma pedra para a construção pretendida.




É a fé com obras, que ditava o Mestre; é a força do pensamento, que pregava Platão; é o socrático penso, logo existo; é a força da imaginação dos cogitos de Agostinho; é a força de expressar o pensamento de forma catequizada e, compenetrada e astuciosa, conforme eu digo, sem covardias ou medos de perder ou de ser odiado.




Marlon Santos

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Os Primórdios da Corrupção







"A Terra estava corrompida diante da face do Senhor, encheu-se de violência, porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra." (Gn, 6:11-12)
As narrativas bíblicas, desde tempos remotos, narra os acontecimentos de corrupção em nosso Planeta. Os chamados ''descendentes dos homens da corrupção", que vêm encarnando nesse orbe antes mesmo dos tempos de Seth e Noé, os oriundos de Capela, conforme texto anterior, trazem uma experiência punitiva de forma a reparar, do ponto de vista moral, seus vícios e paixões inferiores. Quer dizer, somos atrelados a estas criaturas oriundas deste local do Universo, e nos encontramos no final de um processo de reparo e resgate, notando-se pelo que se vê e se houve nas notícias diárias de nossos dias.




Saturado que está, de maldade, nosso Mundo que foi povoado por gentes deterioradas, do ponto de vista da moral, buscamos aqui a redenção pela tutela dos ingênuos, dos mais primitivos, da Justiça, num tipo de atividade redentora. Tudo surge como medidas reparadoras, para que os espíritos culposos se recolham em suas próprias consciências, os frutos de seus devaneios.



O cruzamento primitivo de raças, umas de extrema ignorância e rudeza, outras exiladas aqui por razões já expostas, sem que a espiritualidade pudesse questionar as questões de embargos de moralidade, pois o propósito sempre foi maior, preencheram a Terra. Os exilados, ainda que mais evoluídos que as demais raças que aqui já habitavam, acabaram se deparando com a ligação dessas outras raças com as paixões levianas e mundanas. Assim, unem-se as condições ambientes que facilitaram ainda mais a corrupção, justamente não só pelo grande império que a carne exerce sobresobre o homem nos mundos inferiores, como também pelo fato de os exilados terem sido "expulsos da Capela por serem propensos ao mal, falíveis na moralidade."




Marlon Santos

domingo, 7 de agosto de 2011

A Antiga Lemúria




As pesquisas apontam sempre no sentido do estudo que trago a seguir, sobre a Lemúria. Como um texto de apoio aos temas anteriores, A Antiga Lemúria traz em seu bojo posições geológicas, inclusive, de forma que o leitor poderá adquirir uma boa ideia do passado remoto de nossa Terra.


'A Lemúria estendia-se de Madagascar a Ceilão e Sumatra. Incluía algumas partes do que é hoje a África. Porém o gigantesco continente, que ia do Oceano Índico à Austrália, desapareceu por completo sob as águas do Pacífico, deixando ver, aqui e ali, somente alguns topos de seus montes mais elevados.



'Amplia a Austrália dos períodos terciários à Nova Guiné e às ilhas Salomão, talvez a Fidji, e de seus tipos marsupiais inferem uma conexão com o continente do Norte durante a era secundária.



'Uma das lendas mais antigas da Índia, conservada nos templos por tradição oral e escrita, reza que há várias centenas de mil anos, havia no Oceano Pacífico um imenso continente, que foi destruído por convulsões geológicas e cujos fragmentos podem ver-se em Madagascar, Ceilão, Sumatra, Java, Bornéu e ilhas principais da Polinésia. As altas mesetas do Industão, não estariam representadas senão pelas grandes ilhas contíguas ao continente central... Segundo os Brahmanes, essa região havia alcançado um alto grau de civilização e a península do Industão, acrescida pelo deslocamento das águas na ocasião do grande cataclisma, não fez mais que continuar a cadeia das primitivas tradições originadas no mesmo continente. Essas tradições dão o nome de Rutas aos povos que habitavam o imenso continente equinocial; e de sua linguagem é que derivou o sânscrito...



'Durante os primeiros dias da Lemúria, erguia-se como um pico gigantesco surgido do fundo do mar, e a área compreendia entre o Altas e Madagascar estava coberta pelas águas até o primeiro período da Atlântida, após o desaparecimento da Lemúria, quando a África emergiu do Oceano e o Altas foi submerso pela metade.



'Os pormenores quanto à submersão do Continente habitado pela segunda raça raiz são algo escassos. Menciona-se a história do Terceiro Continente, ou Lemúria, mas no tocante aos outros há simples alusões. Diz-se que a Lemúria pereceu 700.000 anos antes do começo da chamada era Terciária (período Eoceno).



'O cataclisma que destruiu o enorme continente, do qual é a Austrália o principal remanescente, foi ocasionado por uma série de convulsões subterrâneas e pela violenta ruptura de solo no fundo dos oceanos.



'Talvez seja esta a razão por que a ilha de Páscoa, com suas maravilhosas estátuas gigantescas testemunho eloquente da existência de um continente que submergiu, com sua humanidade civilizada, quase não é mencionada nas enciclopédias modernas. Evita-se cuidadosamente fazer-lhe referência, a não ser em algumas narrativas.



'Entre a evolução fisiológica final e a construção da primeira cidade lemuriana transcorreram muitas centenas de mil anos. Sem embargo, já estavam os Lemurianos, em sua sexta sub-raça, construindo com pedras e lava suas primeiras cidades rochosas. Uma dessas grandes cidades de estrutura primitiva foi toda construída de lava, a umas trinta milhas (...) do sítio e que agora a ilha de Páscoa estende sua estreita faixa de solo estéril; cidade que uma série de erupções vulcânicas destruiu por completo. Os restos mais antigos das construções ciclópicas foram obras das últimas sub raças lemurianas.



'Naqueles dias, frações consideráveis do futuro continente da Atlântida ainda faziam parte integrante do leito do Oceano. A Lemúria, nome que convencionamos dar ao Continente da Terceira Raça, era então uma terra gigantesca. Ocupava toda a área compreendida desde a base dos Himalaia, que a separavam do mar interior, cujas ondas rolavam sobre o que hoje é o Tibet, a Mongólia e o grande deserto de Shamo (Gobi), até Chittagong, prolongando - se a Oeste na direção de Hardward, e a Este até Assam (Annam). Daí se estendia para o Sul, através da Índia Meridional, Ceilão e Sumatra; e abarcando, no rumo do Sul, Madagascar à direita, Austrália e Tasmânia à esquerda, avançava até alguns graus do círculo Antártico. A partir da Austrália, que era então uma região interior do continente principal estendia - se ao longo do Oceano Pacífico, além de Rapa Nuí (Ilha de Páscoa). Esta informação parece estar corroborada pela Ciência, ainda que parcialmente. Quando fala sobre a direção (e movimento) dos continentes e demonstra que as massas infra - árticas acompanham geralmente o meridiano, está a ciência referindo-se a vários continentes antigos, embora indiretamente e como conseqüência devia existir uma proximidade muito grande entre a Índia e a Austrália, e em época tão remota que era seguramente pré-terciária, a Lemúria pereceu, e o que restou dela, resurgiu mais forte do que nunca, conhecida como Atlântida.



Marlon Santos


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Espiritismo e Umbanda









Existe uma tendência das pessoas confundirem as religiões. Isso é natural, pois, embora a religião seja uma das coisas que mais interfira na vida das gentes do mundo inteiro, direta ou indiretamente, o que é certo é que ninguém estuda ela, ou elas, com o caráter adequado. Faz jus a diferenciação entre Umbanda e Espiritismo porque ambas as coisas são díspares, embora ambas tenham finalidade benevolente e espiritual.
Dos estudiosos que mais objetivamente tratam o assunto, me inspiro muito em Benedito Monteiro que, além de conhecedor profundo do Espiritismo, tem conhecimento doutrinário de várias outras culturas religiosas e místicas.





'Origem, conteúdo doutrinário e prática ritual, estabelecem as diferenças fundamentais entre espiritismo e Umbanda. Apesar da clareza dessas distinções, isso não deve ser razão impossibilitante para que entre Espíritas e Umbandistas haja respeito mútuo, espírito de compreensão e sensatez, embora essa tolerância não deva resultar em conivência ou omissão. '



Deolindo Amorim, em seu livro "O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas" (1), conclui, afirmando: "O Espiritismo é uma doutrina que se basta a si mesma, sem empréstimos nem acréscimos artificiais."

'A luz dessa precisa orientação, observamos que nem mesmo nos arraiais espíritas essa diferença é feita, especialmente pôr aqueles que não se dão ao trabalho de estudar a Doutrina, sem falar em parte da imprensa leiga que, de propósito ou não, anuncia tudo o que ocorre nas tendas e terreiros, como sendo Espiritismo, disso se beneficiando os opositores sistemáticos da Doutrina Espírita que esperam levar vantagem com a confusão estabelecida.'


'Fala-se em "baixo Espiritismo" e "alto Espiritismo"; em "Espiritismo de mesa" e "Espiritismo de terceiro", etc., como se houvesse mais de um Espiritismo!


'Quanto a origem, sabemos que Espiritismo, doutrina codificada pôr Allan Kardec, recebida de vários Espíritos Superiores no século passado, caracteriza-se pôr um conjunto de princípios de ordem científica, filosófica e religiosa, que objetiva o progresso espiritual do homem, com a implantação da fraternidade entre todas as criaturas na Terra.


'A Umbanda se deriva, fundamentalmente, do culto religioso da raça negra da velha África. Os seus princípios doutrinários são realmente frutos do "folclore", dos provérbios, aforismos, das lendas, crenças populares, canções e tradições do negro africano.


'Com referência ao conteúdo doutrinário, sabemos que o Espiritismo se assenta em postulados científicos, filosóficos e éticos, o que não se dá na Umbanda, que não tem doutrina codificada, embora seus adeptos aceitem a imortalidade da alma, a reencarnação e a lei de ação e reação (carma), como fazem os espíritas.


'Quanto a prática ritual, a umbanda difere, essencialmente, do Espiritismo, porque aquela atua no plano da natureza e este no do pensamento, pois que só o Espírito conta, realmente. Aliás o Espiritismo não tem ritual de nenhuma espécie, pois não admite corpo sacerdotal hierarquizado ou não, cerimônias (batizados, casamentos e quaisquer outras); não se utiliza de fórmulas, invocações, ou promessas de qualquer natureza; repele a adoração de imagens, símbolos, amuletos; rejeita crendices e superstições e não admite pagamento pela prestação de assistência espiritual ou de qualquer auxílio, que conceda aos necessitados.


'As tentativas para fundamentar a introdução de rituais, incensos, imagens e outros objetos de culto material no meio espírita invocam, sempre, um pressuposto espiritualista, como generalidade, ou fazem apelo à tolerância. Não há, entretanto, razão alguma para tais pretextos, uma vez que o Espiritismo, pelas suas disposições doutrinárias, dispensa completamente qualquer forma de ritual ou peças litúrgicas.


'Assim sendo, onde houver qualquer manifestação de culto exterior, não existirá a verdadeira prática espírita.


'Apesar do louvável entusiasmo de alguns espíritas para a comunhão de seitas religiosas no seio da doutrina, a mistura heterogênea sempre sacrifica a pureza íntima da essência! A qualidade de substância espírita reduzir-se-ia pela quantidade da mistura de outros ingredientes religiosos, mas adversos!


'O Espiritismo, não é doutrina separativista, nem ecletismo religioso à superfície do Espírito imortal! É, principalmente, um movimento de solidariedade fraterna entre todos os homens! Pode ser ecletismo espiritual unindo em espírito todos os credos e religiões, porque, também firma suas doutrinas e postulados na realidade imortal. Mas seria insensato a mistura heterogênea de práticas, dogmas, princípios e composturas devocionais diferentes, entre si, para construir outro movimento espiritualista excêntrico.


'A missão da Doutrina Espírita, enfim, é libertar o homem e não prendê-lo ainda mais às fórmulas e superstições do mundo carnal transitório.


'Finalizamos, fazendo nossas, as observações sensatas do Espírito Emmanuel, através do médium Francisco Cândido Xavier, na mensagem "Doutrina Espírita", extraída do livro "Religião dos Espíritos", concitando os Espíritas a zelarem pela doutrina que professam:


"... Porque a Doutrina Espírita é em si a liberdade e o entendimento, há quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula.


Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento.


"Espírita" deve ser o teu caráter, ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda.


"Espírita" deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências.


"Espírita" deve ser o nome de teu nome, ainda mesmo respires em aflitivos combates contigo mesmo.


"Espírita" deve ser o claro adjetivo de tua instituição, ainda mesmo que, pôr isso, te faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres.


Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo.


E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos.


Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas.'


Marlon Santos